Santa's stories - A puta
Ela tinha passado no saguão do shopping para dar um adeus para o pai. Depois de trabalhar o dia na prataria ela ia para a segunda parte do seu trabalho enquanto seu pai, que fazia um bico de Papai Noel no shopping, ia voltar para casa. Foi para o banheiro e trocou o uniforme preto por um vestido, mas sabia que logo ia fazer outra troca.
Atrás de um bar chique do centro ficava o lugar. Um strip club chamado Calor Tropical. Hoje era dia dela ser a estrela e dançar no palco e não nos queijos periféricos ou ser companhia no chão. O palco era cobiçado por motivos óbvios; quem dançava no palco principal (também chamado pelas garotas de prato principal) ganhava mais dinheiro; os queijos ao redor (chamados de entrada) rendia homens chorões e uma quantia boa; já quando se fazia companhia no chão (apelidadas de petiscos), normalmente se ganhava quanto o cara tinha no bolso -uns 50 reais, no máximo-, umas cantadas sujas e uns velhos tarados.
Ao entrar no camarim, ela não era mais Jéssica, era Jane Jones, a vadia dançarina mais sensual de todo Calor Tropical. Trocou de roupa e colocou um conjunto de roupas íntimas dourada, uma peruca loira que fazia uma curva em S, vindo desde da têmpora direita até cair no ombro esquerdo, um colar que levava ao peito e mais alguns acessórios, sem contar a maquiagem pesada.
Entrou no palco. E dançou durante 1 hora apenas ganhando dinheiro, até a chegada já esperada do ex-namorado, Luiz. Ele, que a encontrou aqui e a tentou tirar daqui, era um rapaz bem afeiçoado, de família abastada e que conquistou Jane com sua lábia e a chamando para entrar na suíte Tesão Tropical, normalmente só visitada por velhos nojentos ricos e não por jovens bonitos e ricos. Enquanto ele pagava pelo o que lhe viesse a mente, ela mostrava, se contorcia, tirava as peças e punha de volta. Batiam um papo sensual e bem humorado ao som de The Next Day.
Na terceira vez, ele já a tinha convidado para jantar. Ela aceitou. Comeram, beberam e contaram suas vidas e tristezas um para o outro. Ela contou que foi parar lá aos 15, depois de cansar de ser abusada pelo pai, e tentava arranjar outro emprego e mudar de casa. O último tópico ela ainda não tinha conseguido, mas estava a ponto de o fazer. Ele a propôs em namoro. Ela, apesar de hesitar, aceitou. Até a terceira semana tudo havia corrido bem, mas Luiz passou a ter ciúmes de Jane, que ainda não revelara seu nome verdadeiro para o rapaz. Queria que ela não trabalhasse mais lá e até arranjou o emprego para ela na prataria do shopping, onde ele fazia vigia como segurança. Ela aceitou, mas trabalhava escondido dele na boate. Ele descobriu e acabou perdendo a calma, batendo em Jane. Ela não aceitou isso e separaram. Agora ele visitava-a sempre que podia para pedir para reatar, mas constantemente levava uma não.
O de sempre aconteceu: suíte Tesão Tropical, ele chora um pouco para pedir para voltar, ela ignorava e dizia não, ele implorava mais um pouco e tentava agarrar ela, ela chamava o segurança que o jogava para fora. Porém, após sacudir a poeira, ele entrou em sua Ford Ranger azul e esperou pacientemente ela sair do strip club, que fechava lá pelas 4.
Ao sair, ele parou o carro ao lado dela e disse que ela tinha mais uma chance de dizer sim, porém Jane disse não. Luiz então fez o contorno, parecendo se dirigir para o lado oposto, enquanto Jane andava despercebida pensando que deixara para trás o chorão bêbado.
Luiz estava enfurecido. Não pegou o sentido oposto para ir embora. Foi para lá para pegar impulso. Retornou para a mesma direção e acelerou com força. Jane olhou para trás, mas muito tarde. A caminhonete azul já estava a um metro dela, que ainda tentou correr, mas foi atropelada logo em seguida.
Na bolsa, o telefone tocava. Do outro lado da linha, Dona Lídia, a vizinha, tentava ligar para avisar que Seu Cristóvão estava morto.
Atrás de um bar chique do centro ficava o lugar. Um strip club chamado Calor Tropical. Hoje era dia dela ser a estrela e dançar no palco e não nos queijos periféricos ou ser companhia no chão. O palco era cobiçado por motivos óbvios; quem dançava no palco principal (também chamado pelas garotas de prato principal) ganhava mais dinheiro; os queijos ao redor (chamados de entrada) rendia homens chorões e uma quantia boa; já quando se fazia companhia no chão (apelidadas de petiscos), normalmente se ganhava quanto o cara tinha no bolso -uns 50 reais, no máximo-, umas cantadas sujas e uns velhos tarados.
Ao entrar no camarim, ela não era mais Jéssica, era Jane Jones, a vadia dançarina mais sensual de todo Calor Tropical. Trocou de roupa e colocou um conjunto de roupas íntimas dourada, uma peruca loira que fazia uma curva em S, vindo desde da têmpora direita até cair no ombro esquerdo, um colar que levava ao peito e mais alguns acessórios, sem contar a maquiagem pesada.
Entrou no palco. E dançou durante 1 hora apenas ganhando dinheiro, até a chegada já esperada do ex-namorado, Luiz. Ele, que a encontrou aqui e a tentou tirar daqui, era um rapaz bem afeiçoado, de família abastada e que conquistou Jane com sua lábia e a chamando para entrar na suíte Tesão Tropical, normalmente só visitada por velhos nojentos ricos e não por jovens bonitos e ricos. Enquanto ele pagava pelo o que lhe viesse a mente, ela mostrava, se contorcia, tirava as peças e punha de volta. Batiam um papo sensual e bem humorado ao som de The Next Day.
Na terceira vez, ele já a tinha convidado para jantar. Ela aceitou. Comeram, beberam e contaram suas vidas e tristezas um para o outro. Ela contou que foi parar lá aos 15, depois de cansar de ser abusada pelo pai, e tentava arranjar outro emprego e mudar de casa. O último tópico ela ainda não tinha conseguido, mas estava a ponto de o fazer. Ele a propôs em namoro. Ela, apesar de hesitar, aceitou. Até a terceira semana tudo havia corrido bem, mas Luiz passou a ter ciúmes de Jane, que ainda não revelara seu nome verdadeiro para o rapaz. Queria que ela não trabalhasse mais lá e até arranjou o emprego para ela na prataria do shopping, onde ele fazia vigia como segurança. Ela aceitou, mas trabalhava escondido dele na boate. Ele descobriu e acabou perdendo a calma, batendo em Jane. Ela não aceitou isso e separaram. Agora ele visitava-a sempre que podia para pedir para reatar, mas constantemente levava uma não.
O de sempre aconteceu: suíte Tesão Tropical, ele chora um pouco para pedir para voltar, ela ignorava e dizia não, ele implorava mais um pouco e tentava agarrar ela, ela chamava o segurança que o jogava para fora. Porém, após sacudir a poeira, ele entrou em sua Ford Ranger azul e esperou pacientemente ela sair do strip club, que fechava lá pelas 4.
Ao sair, ele parou o carro ao lado dela e disse que ela tinha mais uma chance de dizer sim, porém Jane disse não. Luiz então fez o contorno, parecendo se dirigir para o lado oposto, enquanto Jane andava despercebida pensando que deixara para trás o chorão bêbado.
Luiz estava enfurecido. Não pegou o sentido oposto para ir embora. Foi para lá para pegar impulso. Retornou para a mesma direção e acelerou com força. Jane olhou para trás, mas muito tarde. A caminhonete azul já estava a um metro dela, que ainda tentou correr, mas foi atropelada logo em seguida.
Na bolsa, o telefone tocava. Do outro lado da linha, Dona Lídia, a vizinha, tentava ligar para avisar que Seu Cristóvão estava morto.
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