Livro
"Love, I know you'll be alright,
Your chapters end so well
Love, I love your welling eyes
You're happy I can tell.
Your chapters end so well
Love, I love your welling eyes
You're happy I can tell.
Love, I know you're doing fine,
But I can't help but feel sorry.
'Cause love, your tale will end just fine,
But mine is a different story.
Mine is a different story."
But I can't help but feel sorry.
'Cause love, your tale will end just fine,
But mine is a different story.
Mine is a different story."
Eu realmente nunca fui o que os outros chamam de "livro aberto". Se um livro fosse, exigiria muito do leitor para lhe entregar o meu enredo - o que fez com quem quisera ter a mim como bíblia de cabeceira, eu nunca desse a chance de ler o sumário, e quem eu jurava minhas dedicatórias, buscava narrativas em outras páginas.
Quando me emprestei a ti pela primeira vez, vesti minha melhor capa de animosidade. Tolo eu, sendo apenas um personagem de um clichê romântico adaptado para o cinema ou para uma série de episódios limitados ao fim. Teus olhos ainda recaem sobre mim como se hoje continuasse a usar a mesma capa.
Porém, me dei a ti uma segunda vez. Dessa vez despido de humor, de capas, de lombadas ou contra capas, aparecendo só com o desejo manchando pelas minhas folhas-da-pele, implorando para que lesse o braile do meu corpo e para que imprimisse teus lábios nos meus. Já não tinha o cheiro de novo, mas sim de pecado. Em poucas palavras, negastes a leitura entre as minhas linhas. Arquivei então meu caminho para além da tua biblioteca.
Eu, que demorei tanto para poder te ler, hoje fluo sobre teus códigos sutis.
Com teus óculos escuros, enxerga nas puras análises confissões de culpas indeclaráveis (mas que na verdade, já foram extirpadas de ambos). Vê em minha in/habilidade de compreender o presente pelo passado apenas como um rapaz com remorsos ruminados. Olha com desprezo e preocupação o meu processo de cura nas cavernas das minhas inseguranças.
Com teus óculos escuros, enxerga nas puras análises confissões de culpas indeclaráveis (mas que na verdade, já foram extirpadas de ambos). Vê em minha in/habilidade de compreender o presente pelo passado apenas como um rapaz com remorsos ruminados. Olha com desprezo e preocupação o meu processo de cura nas cavernas das minhas inseguranças.
Recuso, rasuro e exclamo a tua miopia: me enxergas como queres, mas não como sou.
Se hoje sou uma nova edição de mim mesmo, não sou uma que caiba em tua estante.
Comentários
Postar um comentário