Regressivo.
Acompanhe a ida. ( parte 1 )
Eu revi suas fotos e eu chorei em cada uma delas. Eu senti saudade do teu toque. Senti saudade de te ter nos meus braços. Por isso voltei. Voltei com meu amor maior, voltei querendo ficar.
Bato na porta. Já é tarde eu sei, mas não há noção de tempo pra quem ama. Bato de novo pra confirmar que você me escute e pois estou ansioso. As malas do lado de fora aguardam ansiosamente para adentar junto com o dono. Você abre, eu te olho com olhos de lua cheia, querendo que me leia, que me entenda, e solto um clemente e calmo, quase que sonolento, "Eu voltei para você".
Daí em diante eu estava jogado à fortuna. Não sabia o que esperar, mas me inclinava a esperar pelo pior: um tapa, um "caia fora daqui" ou que você jogasse o resto das minhas coisas na rua -se ainda não o fez.Você, claro, estava atônita, mas abriu passagem, como quem convida para entrar.
Entrei, sentei no sofá e você, que após fechar a porta, ainda olhava para baixo, perdida nos seus próprios pensamentos. Se volta para a mesa de quatro lugares e arredondada e puxa uma cadeira e a posiciona em minha frente. O silêncio permanece por 10 minutos. Você buscando palavras e eu esperando o momento de iniciar algo.
Você quebra o silêncio querendo saber o porquê de te deixar, de não estar satisfeito, de não ter demonstrado insatisfação. Eu respondo que sempre te amei, mas não aguentava mais e não queria descontar em você. Respondi que tentei esquecer você, mas em cada lugar que eu passava, capital de um país conhecido ou campo de um estado brasileiro, de montanhas até rios, eu lembrava de você. Da sua arquitetura e de suas curvas, de seus cabelos e do seu cheiro, dos design de sua voz até a projeção de sua fala pela sua boca. Eu odiei cada segundo de liberdade demasiada e cada momento de solidão transbordante.
Reassumo que liberdade é vital, bem como solidão, mas a tentativa de esquecer e de tentar te rejeitar de mim é como automutilação: é dolorido, é masoquismo, é sofrer intencionalmente por uma coisa mais forte e que tapa seu desejo de ir contra ele. Então, depois de lutar e relutar, resolvi me entregar nessa batalha de ganhador que já estava definido.
Disse que estava com outro, que esse era mais que eu, que ele era bom. Afirmou que não tem algumas coisas que eu tenho e sente saudades disso, mas não negou querer mais o outro e que estava bem agora. Seu álibi era que ele te amparou nas noites em que você estava triste, te estendeu a mão e te acolheu na hora do choro. Que cedeu o ombro amigo no momento de angústia.
Eu sei reconhecer uma derrota, então me levando e digo que vou voltar no quarto e pegar o resto das minhas coisas. Você me para e diz que não precisa pois elas já estavam na garagem. Eu vejo seu olhar cristalino, querendo que eu me retire de dentro do lugar. Percebo que ele estava lá no quarto e que tu já esperava minha aparição. Pego a mala da garagem. Eu sei reconhecer uma derrota, mas não sei reconhecer que te perdi.
Eu roubo um beijo e você demora a negar e virar o rosto. Eu acho que estamos desalinhados mais do que nunca. Eu acho que como Plutão que sou, fui banido de pertencer a mesma constelação que a sua. Mas deixa. Uma hora o universo nos alinha novamente. Talvez em uma rua da periferia ou um café no centro, mas eu sei que uma hora a gente se encontra novamente.
Saio de dentro da casa e vou caminhando até ouvir sua voz novamente e virar bruscamente para ouvir suas ultimas palavras.
"Leva o carro" você diz. "Leva e cuida".
Entrei, sentei no sofá e você, que após fechar a porta, ainda olhava para baixo, perdida nos seus próprios pensamentos. Se volta para a mesa de quatro lugares e arredondada e puxa uma cadeira e a posiciona em minha frente. O silêncio permanece por 10 minutos. Você buscando palavras e eu esperando o momento de iniciar algo.
Você quebra o silêncio querendo saber o porquê de te deixar, de não estar satisfeito, de não ter demonstrado insatisfação. Eu respondo que sempre te amei, mas não aguentava mais e não queria descontar em você. Respondi que tentei esquecer você, mas em cada lugar que eu passava, capital de um país conhecido ou campo de um estado brasileiro, de montanhas até rios, eu lembrava de você. Da sua arquitetura e de suas curvas, de seus cabelos e do seu cheiro, dos design de sua voz até a projeção de sua fala pela sua boca. Eu odiei cada segundo de liberdade demasiada e cada momento de solidão transbordante.
Reassumo que liberdade é vital, bem como solidão, mas a tentativa de esquecer e de tentar te rejeitar de mim é como automutilação: é dolorido, é masoquismo, é sofrer intencionalmente por uma coisa mais forte e que tapa seu desejo de ir contra ele. Então, depois de lutar e relutar, resolvi me entregar nessa batalha de ganhador que já estava definido.
Disse que estava com outro, que esse era mais que eu, que ele era bom. Afirmou que não tem algumas coisas que eu tenho e sente saudades disso, mas não negou querer mais o outro e que estava bem agora. Seu álibi era que ele te amparou nas noites em que você estava triste, te estendeu a mão e te acolheu na hora do choro. Que cedeu o ombro amigo no momento de angústia.
Eu sei reconhecer uma derrota, então me levando e digo que vou voltar no quarto e pegar o resto das minhas coisas. Você me para e diz que não precisa pois elas já estavam na garagem. Eu vejo seu olhar cristalino, querendo que eu me retire de dentro do lugar. Percebo que ele estava lá no quarto e que tu já esperava minha aparição. Pego a mala da garagem. Eu sei reconhecer uma derrota, mas não sei reconhecer que te perdi.
Eu roubo um beijo e você demora a negar e virar o rosto. Eu acho que estamos desalinhados mais do que nunca. Eu acho que como Plutão que sou, fui banido de pertencer a mesma constelação que a sua. Mas deixa. Uma hora o universo nos alinha novamente. Talvez em uma rua da periferia ou um café no centro, mas eu sei que uma hora a gente se encontra novamente.
Saio de dentro da casa e vou caminhando até ouvir sua voz novamente e virar bruscamente para ouvir suas ultimas palavras.
"Leva o carro" você diz. "Leva e cuida".
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