I've got no strings to hold me down
Desde pequeno, ao observar uma briga dos pais, decidiu transformar seu diário em um manual de vivência, justificando que, quando adulto, não tornaria a repetir tais erros. Com seu caderno de capa escura e sua caneta de pressão, a mania de anotar coisas se tornou uma obsessão. Anotava desde coisas úteis, como o lugar onde deixara o molho de chaves, até coisas irrelevantes e sem sentido, como a temperatura da macarronada feita pela avó em uma tarde qualquer de 2003. Com o passar do tempo, de rabiscos feitos dentro do ambiente familiar, levou sua loucura para as ruas. Escrevia coisas sobre estranhos e conhecidos. Roupas, corte de cabelo novo, mancha esverdeada na parte de trás do braço, comentários avulsos, etc. Apesar de tomar nota de tudo, os relacionamentos amorosos dominavam seus papéis. Obviamente isso era ligado com a história de seus parentes, mas agora, entrando na puberdade, fazia disso parte de um experimento. Redigia os padrões encontrados nos diversos casais e também...